Se ao menos fosse um sonho...
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E de repente, não ouvia um som na sala, estranhamente, encontrava-me a espera dela num abrupto silêncio. Seguia escrupulosamente a minha ideia de que ela não iria aparecer, continuava o silêncio, e que silêncio sepulcral...
Abriu-se uma porta numa parede que, efectivamente, não tinha porta nenhuma. Aproximou-se de mim uma figura magra de rosto tapado, impossibilitando de todo o reconhecimento de uma única feição da sua face. Segui o meu instinto, ergui-me da cadeira onde me havia sentado há largos minutos, ela aproximou-se, e sussurrou-me suavemente ao ouvido:
-"Sabes tudo tem um fim.."
Tentei obter mais respostas, sem sucesso, o vulto desapareceu através da parede, o meu percurso até ali sofrera tantas marcações e desmarcações, certezas e incertezas,que fui incapaz de sair do meu lugar em perseguição do meu objectivo, aliado de uma matreirice indefinível e tímida...
-" Oh Ruben, Ruben, oi, então, já reparaste nas horas?Tanto dormes...tu e as noitadas!"
-"Vou já mãe,vou já..."
Se ao menos fosse um sonho...
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